segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A artrose e o benefício dos exercícios do Pilates


A artrose é um processo degenerativo de desgaste da cartilagem das articulações. Atinge, sobretudo, as que sofrem mais sobrecarga de peso, desgastes ou fazem movimentos em excesso, como joelhos, pés, quadril, mãos e dedos. Esta degeneração pode provocar dores, decréscimo da mobilidade articular e até mesmo deformações nas articulações. Fatores hereditários e mecânicos podem estar envolvidos no seu aparecimento. Ocorre tanto em homens quanto em mulheres, sendo a mais comum das doenças articulares. Mais de 70% das pessoas acima de 70 anos tem evidência radiográfica desta doença, mas apenas parte destas desenvolve sintomas.

Além da dor, a artrose também pode causar ruídos, inchaços e rigidez articular, deformidade (nas mãos - nódulos de Heberden) e comprometimento das funções da articulação. Em alguns casos, a cartilagem pode se calcificar favorecendo a formação de condensações e deformações ósseas, como os osteófitos (bicos-de-papagaio) que ocorrem na coluna vertebral.

O tipo de tratamento depende da gravidade, do acometimento e das particularidades da pessoa. Os cuidados apropriados podem causar diferenças significativas na qualidade de vida do paciente, podendo evitar que a artrose cause maiores danos. Desta forma, o Pilates vem apresentando resultados excelentes à melhora da qualidade de vida dessas pessoas. A prática do Método ajuda a amenizar as dores, porque fortalece a musculatura das regiões do abdômen, coxas e dos glúteos, desenvolve a flexibilidade e o controle motor. Os exercícios focam a amplitude articular, alongamentos e reforço muscular, fundamentais para a prevenção dos sintomas dolorosos.

O indivíduo que sofre de artrose deve realizar apenas exercícios suaves e com cargas leves, mantendo o máximo de concentração e controle do movimento durante sua execução, respeitando sempre as limitações de movimentos característicos da patologia e que evitem o agravamento de seus sintomas. Por meio do Método Pilates é possível melhorar o padrão postural e a consciência corporal pelo constante estímulo da estrutura músculo-esquelética, na forma geral e específica, desencadeando a lubrificação e o fortalecimento das articulações.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Pilates beneficiando pacientes com mal de Parkinson

Doença neurológica caracterizada, principalmente, pela lentidão de movimentos, rigidez muscular global e tremores focais ou generalizados, o mal de Parkinson causa dificuldades com a fala, movimentos das mãos e desequilíbrios posturais e de coordenação. A redução de vários desses sintomas pode ser conquistada com a prática de exercícios do Pilates.

A disfunção dos padrões dos movimentos, como os tremores, anormalidades posturais, diminuição da amplitude do movimento, do equilíbrio e fraqueza muscular podem ser diminuídos se os exercícios forem trabalhados de forma correta e segura, melhorando consideravelmente a qualidade de vida dos pacientes. Os sinais podem ser retardados, senão controlados, quando o paciente faz a ativação correta da musculatura de seu corpo na execução das ações.

O Pilates colabora também com o tratamento de reeducação neuromuscular. Os aparelhos permitem simular as atividades funcionais cotidianas dos pacientes, como agachar e sentar, de forma confortável. Exercícios lentos, no solo ou utilizando aparelhos e acessórios, contribuem para a manutenção do equilíbrio, da consciência e movimentação corporal. A melhora da marcha e do equilíbrio vêm junto com o ganho de força muscular, com o alongamento da musculatura rígida, trazendo, assim, melhor coordenação motora nos exercícios, realizados sempre bilateralmente.

O grande benefício do Método Pilates é a melhoria da qualidade de vida do paciente com Parkinson. A estimulação à prática deve ser feita com todo o cuidado, observando as especificidades de cada pessoa, e acontecer o quanto antes. Tudo isso traz bem-estar ao paciente, que se vê mais útil e capaz.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Pilates na infância e na adolescência

A nossa postura se forma a partir da adaptação de partes do nosso corpo, principalmente os músculos esqueléticos, em resposta a estímulos recebidos. Essa formação e muitas alterações posturais, em especial na região da coluna vertebral, são originadas no período de crescimento e desenvolvimento corporais, ou seja, na infância e na adolescência. Durante essas fases, passamos por diversos estímulos, acomodações posturais e até por situações de riscos para a coluna. Isso em função das diversas atividades, posturas erradas na hora de sentar e muito tempo nessas posições e até no uso das mochilas pesadas, por exemplo.

O estirão do crescimento e a maior vulnerabilidade à má postura, também colaboram para os desvios posturais nessas fases. São problemas físicos que podem acometer as crianças e os adolescentes e que, muitas vezes, têm o aparecimento das repercussões na idade adulta. O Pilates, então, funciona como um ótimo trabalho preventivo, estruturando a postura, estabilizando as curvas fisiológicas da coluna, evitando escolioses e cifoses, tão comuns na infância e adolescência, e melhorando o alongamento geral. Além disso, na medida em que fortalece a musculatura e aumenta a consciência corporal, o adolescente fica mais preparado para enfrentar os desafios característicos dessa etapa da vida com mais equilíbrio e menos dores.

Vamos relacionar alguns dos principais fatores que levam a problemas na coluna e que muitas vezes já são desenvolvidos na infância e na adolescência:

- Sedentarismo;
- Má alimentação;
- Obesidade ;
- Falta de segurança ao brincar na rua;
- Falta de tempo e alto custo para a realização de atividades físicas extra-curriculares;
- Desequilíbrios das cadeias musculares;
- Subdesenvolvimento das capacidades físicas;
- Má educação postural;
- Facilidade e comodidade ao deixar a criança assistir TV, navegar na internet ou jogar vídeo games por horas seguidas;
- Baixa auto-estima e ausência dos pais;
- Mesas de estudo ergonomicamente impróprias;
- Peso impróprio das mochilas escolares .

Todos esses fatores podem ser minimizados com a prática do Pilates, que promove sensações de confiança e autoestima, além de estimular a uma maior consciência corporal e controle sobre os movimentos, potencializando o desenvolvimento de uma boa postura e equilíbrio físico. Os exercícios do método poderão corrigir ou amenizar consideravelmente os problemas posturais através do reequilíbrio das cadeias musculares, realinhamento corporal e consciência corporal.


E por ser uma técnica com grande variedade de exercícios, permite que uma aula seja diferente da outra, diferenciando esta técnica de outras que se tornam monótonas e repetitivas. Todas as atividades são feitas de forma suave e com baixo número de repetições, monitoradas por fisioterapeutas que realizam as correções posturais na medida em que o aluno realiza os exercícios alternando solo, bola, acessórios e os aparelhos que são próprios do método Pilates.


Em função de todos esses benefícios, prevenção e melhoria das posturas, muitos pais e educadores, já indicam e estimulam a prática do Pilates por crianças e adolescentes.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A escoliose e os benefícios do Pilates

Escoliose é a denominação dada a um desvio da coluna vertebral, caracterizado pela inclinação, rotação e extensão das vértebras. Pode se manifestar ainda na infância, na adolescência, ou começar mesmo na idade adulta. As causas são variadas e evoluem em diversos graus. O método Pilates pode oferecer grandes benefícios para os portadores da escoliose, desde que a real causa e o grau dos desvios posturais sejam respeitados, para se ter certeza na indicação ou não dos exercícios do método.

O portador de escoliose pode até não se queixar de sintomas e apenas perceber alteração na sua postura, mas é muito comum mencionar dores localizadas ou acompanhadas de outros sintomas associados, como dormências, queimação, marcha alterada, que podem até evoluir para sintomas mais intensos e mais difíceis de serem tratados. As causas são variadas e classificam a escoliose em dois grupos:

Estrutural: causada por doenças que atingem a coluna ou suas estruturas resultando em deformidades fixas.

Não estrutural: causada por problemas posturais, de raiz nervosa (ciático), discrepância no comprimento dos membros inferiores, contraturas musculares e cicatrizes.

O Pilates tem a capacidade de oferecer fortalecimento, alongamento e equilíbrio corporal, proporcionando melhor alinhamento vertebral, reduzindo as tensões musculares e as compressões discais, devido à flexibilidade que vai sendo adquirida pelo corpo, proporcionando alívio aos pacientes com escoliose e ainda prevenindo o agravamento da doença.

O cuidado está na hora da prática. O Pilates como método de reabilitação para escoliose baseia-se no grau da lesão, na intensidade dos sintomas, nos fatores adicionais a esta lesão e na capacidade de execução dos exercícios pelo paciente. Não deve haver sobrecarga ou dor, nem durante, nem após a execução.


segunda-feira, 4 de abril de 2011

Respire melhor com o Pilates


Essencial para as pessoas que praticam Pilates é a respiração. Aliás, a boa respiração é fundamental para o bom funcionamento do corpo de qualquer pessoa. Usamos o termo “boa” porque muitas pessoas não respiram de forma correta, isso em função da modernidade e correria do dia a dia. As pessoas, normalmente adultas, tendem a utilizar mais a respiração acessória, que é mais torácica e utiliza a parte superior dos pulmões, ao invés de utilizar a base dos pulmões, como na respiração diafragmática, a mais correta e utilizada no Pilates.


As pessoas que inspiram estofando o peito e encolhendo a barriga não estão respirando da melhor forma. Então, vamos entender melhor como é a respiração do Pilates e como devemos fazer para respirar da melhor forma. Você deve inspirar projetando discretamente a barriga, assim, puxa o diafragma para baixo e enche o ápice e a base do pulmão de ar, como deve ser. Na expiração, a barriga se contrai discretamente. Lembrar de não elevar o peito. Fundamental também é que a inspiração seja profunda e realizada pelo nariz e a expiração forte e pela boca.


A respiração diafragmática utilizada no Pilates ajuda a controlar os movimentos, permite oxigenar os músculos, facilita a estabilização da coluna e a movimentação dos membros, além de ajudar a relaxar a musculatura e estar ciente das tensões acumuladas por todo o corpo.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Pilates proporciona melhor qualidade de vida para as crianças


A correria e as atividades modernas também afetam as crianças, que têm se queixado cada vez mais cedo de dores. O uso intenso de computadores e videogames, o sedentarismo, grande número de atividades no dia, como os cursos, que levam ao estresse, e ainda as pesadas mochilas e posturas erradas durante os estudos estão fazendo com que muitos pais e educadores procurem métodos que previnam problemas futuros de saúde e melhorem a qualidade de vida dos pequenos. Entre os mais procurados, o Pilates.


O Pilates é um método bastante recomendado para as crianças, pois, a partir dos seus princípios e exercícios, proporciona consciência corporal e percepção do espaço que o seu corpo ocupa, permitindo que a criança aprenda a respeitar as possibilidades e limites próprios e dos outros. A má postura, o estresse e a falta de exercícios físicos, cada vez mais presentes na rotina dos meninos e meninas, fazem com que eles sofram com as dores, principalmente nas costas. A prática do Pilates reduz esses sintomas e previne problemas futuros ainda mais sérios.


As aulas de Pilates devem ser específicas para as crianças e respeitar a idade, capacidade de concentração e atenção deles, e os limites. Normalmente, as aulas aliam atividades lúdicas aos movimentos do método. Movimentos que compõem o universo das crianças, como cambalhotas, trilhas sobre objetos que desafiam o equilíbrio, jogos com bolas e até passos de dança são utilizados. Os exercícios são progressivos e adequados a elas, trabalhando todos os princípios do Pilates, como concentração, respiração, alinhamento, eficiência, fluência de movimento, força e equilíbrio.


Não existe uma regra de idade para a criança começar a fazer aulas de Pilates. Mas, geralmente, a partir dos quatro anos já se pode trabalhar o método com os pequenos, pois nessa idade eles já conseguem entender o que estão fazendo. Mas as atividades têm que ser moldadas para cada criança, até que elas se acostumem aos trabalhos e progridam com eles.


São diversos os benefícios do Pilates para as crianças. Para as atividades do dia a dia, ajuda na postura, concentração e disciplina. Com a prática, eles desenvolvem a consciência corporal e uma melhor postura na hora de estudar e diante do computador, TV e videogame. A saúde das crianças também é beneficiada com um sono mais tranqüilo, flexibilidade, melhor digestão, proteção do sistema locomotor, alívio de tensões, diminuição do estresse, fortalecimento da musculatura e melhor desenvolvimento.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Osteopatia + Pilates = Saúde

O Physiolife Studio é parceiro do Instituto Santé, que atende às especialidades de Osteopatia, RPG e Quiropraxia. Neste post, o fisioterapeuta Paulo Bastos, do Instituto Santé, aborda a relação complementar entre a prática do Pilates e a Osteopatia. Confiram:

Atualmente, escutamos cada vez mais falar de Osteopatia e de Pilates, sendo este ainda mais afamado do que a Osteopatia. Mas será que podemos fazer as duas coisas? Será que os dois não têm o mesmo objetivo? E ainda, será que um pode interferir negativamente no efeito do outro?

Muitas são as dúvidas e aí vão alguns esclarecimentos: Osteopatia e Pilates formam, na verdade, um casamento perfeito, pois uma coisa complementa essencialmente a outra, proporcionando uma excelente qualidade de vida para os praticantes. A Osteopatia surgiu nos EUA nó século XIX, por volta de 1890, e teve seu desenvolvimento bastante acelerado durante o século XX, resultando hoje em uma forma de tratamento muito difundida em países como Austrália, Japão, França, Espanha, Itália, Estados Unidos etc. Sendo um método voltado para a liberação de movimentos do corpo, desde movimentos articulares a movimentos viscerais e cranianos, a Osteopatia até pouco tempo se deparava com alguns casos onde a “lesão” acabava retornando ao corpo de alguns pacientes, surgindo assim, a necessidade de alguma forma de exercício que auxiliasse nesse processo de manutenção do organismo sem lesões. Para ficar mais fácil o entendimento, vamos citar um exemplo:

“Durante uma sessão de Osteopatia, auxiliamos o organismo do paciente a corrigir diversas lesões osteopáticas acumuladas durante a vida, que foram consequência da realização de movimentos repetitivos, permanência em posturas inadequadas, prática de alguns esportes muito agressivos etc. As lesões osteopáticas podem ser, por exemplo, algumas vértebras fixadas em rotação para a direita, sendo essas fixações mantidas pelos músculos profundos da coluna, que são muito pequenos, estão em contato direto com as vértebras e são responsáveis pelo suporte da coluna. Neste caso, corrigir a lesão osteopática ajudaria muito esse indivíduo, mas se, além da correção, pudéssemos trabalhar a musculatura profunda dele, equilibrando e fortalecendo os dois lados, possivelmente, essas lesões não voltariam a se instalar. A partir disso, fica claro porque o Pilates auxilia tanto a Osteopatia e porque a Osteopatia auxilia tanto o Pilates.

Vale ressaltar que o Pilates é uma das poucas formas de atividade física que consegue trabalhar sobre a musculatura profunda da coluna, a qual é a verdadeira causa da maioria dos problemas de fixações articulares.

Temos tido muito sucesso na prática clínica com a associação das duas coisas e por isso, sempre que possível, recomendamos esta conduta.

Paulo Bastos

Visite o site do Instituto Santé (clique aqui)!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Pilates para idosos

A prática do método Pilates, juntamente com uma dieta equilibrada, é capaz de amenizar os efeitos do envelhecimento e prevenir doenças sendo apontado por especialistas como uma atividade perfeita para as pessoas da 3a idade .

Trabalhando os músculos abdominais em conjunto com os músculos da coluna formando o centro de força, o método Pilates ativa estes músculos incluindo o assoalho pélvico que consiste de controlam o fluxo da urina e impurezas sólidas do corpo. Fortalecer estes músculos nas pessoas idosas é importante, pois neste período a incontinência urinária e fecal é muito freqüente (Craig, 2004).

Existem importantes benefícios do treinamento de força muscular no adulto e na 3a idade:

- Melhora a marcha;

- Equilíbrio;

- Auto-estima;

- Contribuição na manutenção e/ou aumento da densidade óssea;

- Ajuda no controle do Diabetes, artrite, doença cardíaca;

- Ameniza sintomas da depressão;

- Previne quedas.




terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Joanetes tem solução?

Um problema muito comum nos pés é o hálux valgo, mais conhecido como joanete, que aparece relacionado ou não à atividade esportiva. Porém, alguns fatores podem aumentar a predisposição do atleta à essa alteração, o que pode comprometer a performance na corrida. Uma maior freqüência dessa deformidade entre os corredores está relacionada à participação crescente em atividades esportivas, principalmente de pessoas com mais de 40 anos, o que resulta num aumento considerável do número de lesões ligadas ao joanete.
O tratamento mais divulgado para o joanete é a cirurgia, contudo, como fisioterapeutas, além de informar o que é e porque acontece, vamos focar nesta matéria a possibilidade de um tratamento conservador, pouco explorado no meio ortopédico.
Publicidade
O hálux valgo é um desvio lateral do dedão do pé com o desvio medial do primeiro osso do metatarso (osso longo do "peito" do pé), como ilustrado na figura acima. Essa deformidade pode progredir para uma subluxação da articulação metatarsofalangeana, ou seja, resulta na perda do contato articular desses dois ossos que sofrem o desvio.
Tratamentos

Fisioterapia: deve ser a primeira alternativa, já que a cirurgia de correção do hálux valgo tem como principal conseqüência a rigidez ou diminuição do movimento da articulação metatarsofalangeana. Conseqüência essa que pode alterar a pisada, formando um mecanismo compensador que pode levar a outros problemas ortopédicos.
O tratamento do hálux valgo deve focar não apenas a deformidade do dedão, mas também as alterações biomecânicas que, associadas, podem causar essa deformidade.
O tratamento inicial tem como objetivo diminuir a dor e a inflamação. Para atingir esses objetivos a fisioterapia pode fazer uso da aplicação do ultra-som, gelo e mobilização articular do hálux. A utilização de medicação antiinflamatória auxilia o tratamento fisioterápico e deve ser prescrita por um especialista (ortopedista). É de extrema importância que as atividades atléticas sejam modificadas para reduzir o stress causado no joanete.
Deve-se evitar corrida em terrenos irregulares (principalmente com subidas), treinos de tiro e atividades que envolvam chutes (futebol e lutas marciais) ou posturas ajoelhadas. As atividades mais indicadas para essa fase são: ciclismo, natação, remo e deep running (corrida dentro da água com uso de flutuadores).
Com a redução da dor o fisioterapeuta deve focar na restauração da mecânica normal da marcha, o que envolve equilíbrio muscular e adequado alinhamento das articulações do membro inferior. Assim que o atleta referir melhora da dor, devem ser iniciados o relaxamento e alongamento dos músculos e tendões da perna e pé que se apresentam encurtados, para que se evite qualquer limitação do movimento nestas regiões.
Os principais músculos a serem alongados são: os músculos da panturrilha (gastrocnêmio e sóleo) e o músculo que dobra o dedão (flexor longo do hálux). O alongamento do músculo do dedão deve ser realizado e instruído pelo fisioterapeuta, que ao aplicar suave tração na articulação buscará primeiramente o alinhamento da articulação, já que deformidade deve ser corrigida manualmente antes da aplicação de força na direção que se deseja alongar. O fisioterapeuta deve ensinar e treinar o atleta para que este repita o alongamento três a quatro vezes ao dia.
Simultaneamente com os exercícios de alongamento deve ser iniciado um programa de fortalecimento para a musculatura intrínseca do pé e músculos da perna. Os músculos mais importantes a serem fortalecidos são: músculos abdutores e rotadores externos do quadril, tibial posterior (este músculo ajuda no suporte do arco do pé, controlando a pronação) e os músculos da sola do pé.
A progressão do número de repetição e resistência indicada para cada exercício depende da força inicial de cada músculo e da presença de dor um dia após os exercícios. Portanto, deve ser definida pelo fisioterapeuta que está guiando o seu tratamento.
O programa de fisioterapia dura em média duas a cinco semanas.
Cirurgia: Alguns po­dem não obter sucesso com o tratamento conservador, principalmente nos casos em que a alteração da articulação é mais acentuada. Para estes casos a cirurgia pode ser uma boa opção, já que atualmente a correção do alinhamento do dedão é menos agressiva, permitindo uma recuperação mais rápida e com menos seqüelas.
Marília Pedrôso